Outubro Rosa: o poder da informação e do autocuidado na prevenção do câncer de mama

Outubro Rosa: o poder da informação e do autocuidado na prevenção do câncer de mama

Outubro Rosa é um movimento global que nasceu da necessidade de ampliar a conscientização sobre o câncer de mama, uma doença que, apesar dos avanços da medicina, ainda é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras.

Mais do que um símbolo, o Outubro Rosa é um convite à ação: cuidar da própria saúde, quebrar tabus e disseminar informações que salvam vidas. Desse modo, dentro das empresas, ele representa também uma oportunidade de transformar a cultura organizacional, promovendo o autocuidado e a prevenção como parte do dia a dia.

Pensando nisso, preparamos esse artigo com tudo que você precisa saber sobre o tema e dicas para implementar de maneira efetiva ações concretas na rotina da sua empresa.

Continue a leitura e confira todos os detalhes!

Por que o Outubro Rosa continua sendo essencial

Os números falam por si: segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o Brasil deve registrar cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama por ano entre 2023 e 2025. Além disso, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) reforça que, excluindo os tumores de pele não melanoma, este é o tipo de câncer mais incidente entre as mulheres e o que mais causa mortes no país.

Esses dados evidenciam a importância de falar sobre o tema, não apenas em outubro, mas o ano inteiro. Isso porque, a cada diagnóstico precoce, uma vida é salva. A cada exame preventivo realizado, um caminho de esperança se abre.

O diagnóstico precoce é o principal fator de sucesso no tratamento: quando o câncer de mama é identificado em estágios iniciais, as taxas de cura podem ultrapassar 90%. Em contrapartida, quando descoberto tardiamente, o tratamento se torna mais complexo, invasivo e emocionalmente desgastante.

O papel do autocuidado e do autoconhecimento no Outubro Rosa

O autocuidado é mais do que uma prática de bem-estar, é um ato de responsabilidade com a própria vida. Conhecer o próprio corpo, perceber mudanças e buscar orientação médica ao notar algo diferente são passos fundamentais na prevenção.

O autoexame das mamas é uma prática de autoconhecimento corporal simples, gratuita e acessível, que não substitui o exame clínico das mamas nem a mamografia, mas que pode favorecer a detecção precoce de alterações suspeitas. Entretanto, é importante lembrar que ele não substitui exames clínicos ou de imagem, mas complementa o acompanhamento médico.

Veja algumas recomendações:

  • Faça o autoexame uma vez por mês, de preferência alguns dias após o fim da menstruação.
  • Observe as mamas em frente ao espelho, com boa iluminação, analisando formato, simetria, pele e mamilos.
  • Palpe cada mama com a mão contrária, em movimentos circulares, incluindo a região da axila.
  • Atenção a sinais como nódulos, endurecimentos, retrações, secreções, alterações de cor ou sensibilidade anormal.

Esses gestos de autopercepção fortalecem o vínculo entre a mulher e o próprio corpo, além disso, podem ser o ponto de partida para um diagnóstico precoce e um tratamento bem-sucedido.

A importância dos exames de rastreamento e do diagnóstico precoce

Outro ponto importante de se ressaltar, é que a mamografia continua sendo o principal exame de rastreamento do câncer de mama. O INCA recomenda que mulheres de 50 a 69 anos realizem a mamografia a cada dois anos, mesmo sem sintomas.

Entretanto, quando há histórico familiar de câncer de mama, mutações genéticas (como BRCA1 e BRCA2) ou outras condições de risco, o médico pode recomendar rastreio antecipado e o uso de exames complementares, como ultrassonografia e ressonância magnética.

Um ponto de atenção é o acesso desigual aos exames. O relatório “Controle do câncer de mama no Brasil: dados e números 2024”, do INCA, aponta que ainda existem lacunas regionais de cobertura, especialmente em municípios menores. Isso reforça a importância das empresas, organizações e gestores públicos atuarem como agentes de promoção da saúde.

O papel do RH e das empresas no Outubro Rosa

O ambiente corporativo é um espaço privilegiado para disseminar informação e gerar impacto positivo. Desse modo, o RH e as lideranças podem transformar o Outubro Rosa em um movimento vivo na empresa, que vai além de campanhas simbólicas e promove realmente o cuidado com as pessoas.

5 dicas para implementar em sua empresa durante o Outubro Rosa

1.

Planejar com antecedência

O primeiro passo é definir um propósito claro para a campanha. Desse modo, antes de pensar em materiais ou eventos, é importante responder a perguntas como:

  • Qual é a mensagem principal que queremos transmitir?
  • Que resultados queremos alcançar (ex: número de participantes, exames realizados, alcance da comunicação)?
  • Quais serão os canais e momentos ideais para as ações?

Com essas respostas, o RH pode estruturar um cronograma realista, definir responsáveis por cada etapa e prever os recursos necessários, seja para palestras, brindes, comunicação visual ou parcerias com clínicas e profissionais de saúde.

O planejamento antecipado também permite integrar a campanha ao calendário anual da empresa, assim, evitando que ela se torne apenas uma ação pontual.

2. Comunicar de forma multicanal

A informação é o coração de qualquer campanha de conscientização, por isso, para que a mensagem alcance todos os públicos da empresa, é essencial adotar uma comunicação multicanal, isto é, utilizar diferentes meios de contato para engajar o time.

Além dos e-mails corporativos, é possível usar intranet, murais, aplicativos internos, redes sociais corporativas e até grupos de mensagens.

Cada canal pode trazer um formato diferente: vídeos curtos com depoimentos, quizzes sobre prevenção, posts educativos, ou até lembretes semanais sobre o autoexame.

O mais importante é garantir que o conteúdo seja acessível, empático e confiável, evitando excesso de termos técnicos, ou seja, a linguagem deve acolher, não assustar.

3. Promover palestras e workshops

As ações presenciais (ou online) são fundamentais para gerar conexão e aprendizado real. Por isso, considere convidar profissionais da saúde (como mastologistas, oncologistas, enfermeiros ou psicólogos), assim, transformando o Outubro Rosa em um espaço de diálogo aberto, onde dúvidas são esclarecidas com segurança.

Esses encontros ajudam a desmistificar o câncer de mama, reduzir medos e incentivar a prática do autocuidado. Além disso, é possível abordar temas complementares, como alimentação saudável, saúde emocional e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Quando as informações vêm de especialistas e são apresentadas de forma acolhedora, a mensagem ganha credibilidade e o engajamento aumenta naturalmente.

4. Distribuir materiais educativos

Materiais visuais são aliados poderosos na fixação da mensagem. Cartazes, banners digitais e folhetos podem reforçar como fazer o autoexame, quais são os sinais de alerta e onde procurar atendimento.

Esses conteúdos devem estar presentes em locais de circulação, como banheiros, copas e murais internos, e podem ser adaptados para o público masculino, lembrando que o câncer de mama também pode afetar os homens.

Além dos impressos, vale investir em materiais digitais: vídeos, infográficos, posts informativos ou até pequenas pílulas de conteúdo nos canais internos da empresa.

A ideia é manter o tema visível, próximo e constante, assim, incentivando conversas naturais sobre saúde e prevenção.

5. Incentivar o bem-estar contínuo

O Outubro Rosa é o ponto de partida, mas o ideal é que o cuidado não termine em outubro. Afinal, as empresas podem transformar essa mobilização em um programa permanente de saúde corporativa, que contemple tanto o corpo quanto a mente.

Incluir atividades de alongamento, ginástica laboral, pausas conscientes, acompanhamento psicológico e ações de educação em saúde contribui para um ambiente mais leve, engajado e produtivo.

O bem-estar deve ser entendido como uma estratégia de gestão de pessoas, um investimento que reduz afastamentos, melhora a produtividade e reforça a imagem de uma marca empregadora comprometida com seu capital humano.

Essas práticas não apenas aumentam a conscientização, mas também ajudam a reduzir o absenteísmo, melhorar o clima organizacional e fortalecer a imagem de uma empresa humanizada e comprometida com a vida.

Câncer de mama também atinge os homens

Como vimos anteriormente, embora raro, o câncer de mama masculino representa cerca de 1% dos casos no Brasil. Os sintomas são semelhantes aos das mulheres, nódulos, retrações na pele ou no mamilo e secreções, mas, por falta de vigilância, muitos homens descobrem a doença em fases avançadas.

O recado é claro: prevenção e diagnóstico precoce também são fundamentais para eles, por isso, informar e incluir os homens nessa conversa é mais um passo rumo à conscientização coletiva.

Cuidar é um ato que se multiplica

O Outubro Rosa nos lembra que cuidar é uma escolha diária. É sobre dedicar tempo a si mesma, ouvir o corpo, buscar informação e apoiar outras pessoas na mesma jornada.

A Perena, comprometida com a saúde e o bem-estar de colaboradores, clientes e parceiros, reforça que o cuidado deve ser contínuo, acessível e humano. Promover campanhas como o Outubro Rosa é também uma forma de valorizar vidas e fortalecer comunidades, afinal, o cuidado sempre será parte do plano.

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